Deve ser para isto que serve: uma senhora estatelou-se no chão após uma travagem brusca, bateu com a cabeça e o telemóvel ficou em pedaços. O motorista parou imediatamente o veículo e veio à traseira perguntar se era preciso chamar o INEM, se tinha alguma mazela, enfim, mostrar alguma atenção e cumprir os "requisitos". Simpático ou não, desta vez isso não importou muito.
Mais uma razão para andar de autocarro - se surgirem daqueles típicos problemas com a seguradora, é a Carris que grita com eles por mim.
Se muitos descobrem, ainda começam a trazer as mazelas de casa e depois escusam-se com a violência da condução.
Note-se que este seguro também beneficia bastante os eternos surfistas, os que têm uma mão no telemóvel e outra nos sacos, os que se colocam no meio do corredor quando o autocarro tem outros espaços vazios, e ainda os que se passeiam confortavelmente de saltos agulha e saia lápis pela passerelle amarela.
À parte disso, estou satisfeita.
(Prometo refletir seriamente sobre isto e interligá-lo com a recente tragédia de autocarro, mas apraz-me ser estúpida antes)